Leitura: João 14:27-31
Quando Jesus morreu, deixou poucas coisas
materiais. O seu espólio não passava de algumas peças de roupa que acabaram
sendo sorteadas entre os soldados que o crucificaram. Ele também não deixou
qualquer coisa escrita de próprio punho, e tudo o que sabemos sobre ele e das
coisas que falou é aquilo que seus discípulos nos legaram.
Antes de morrer, porém, Jesus deixou em seu
testamento algo inigualável, e é disso que fala o versículo 27 do capítulo 14
de João: "Deixo-vos a paz, a minha
paz vos dou". De que paz ele está falando? Daquela que não temos por
natureza, porque se a tivéssemos ele não precisaria ter vindo ao mundo morrer
por nós.
Quando está prestes a morrer, Jesus aponta para
uma das conseqüências de seu sacrifício: a paz. O seu sacrifício seria o único
meio de Deus fazer as pazes com o homem. Uma pessoa que crê em Jesus, que
aceita para si tudo o que o seu sacrifício significa, tem paz com Deus.
Trata-se de uma paz eterna e permanente que nada ou ninguém poderá tirar.
Como você se sentiria se acabasse de receber a
notícia de que um câncer foi curado? Ou que uma dívida impagável foi anistiada?
Ou que sua pena, caso fosse um criminoso, tivesse sido anulada? Você teria paz
com respeito a essas coisas, uma sensação de alívio que o levaria a suspirar e
sorrir. Você teria trocado um futuro sombrio por um futuro brilhante. Seria
essa a sensação de paz que invadiria seu coração.
E se Deus disser que seus pecados estão todos
perdoados; que você vai viver eternamente em um corpo imortal e incorruptível;
que tem para si um lugar reservado na glória dos céus, como você se sentiria? "Deixo-vos a paz, a
minha paz vos dou". Este é o legado
de Jesus para aqueles que crêem nele. Não um alívio passageiro de um problema
de saúde, financeiro ou legal, mas uma paz eterna e consolidada por Jesus por
meio de sua morte e ressurreição.
Eu e você herdamos o pecado de Adão e nem sequer
podemos alegar que não tínhamos nada a ver com o que aconteceu no jardim do
Éden. É só ver quantas vezes pecamos para entendermos que estamos
constantemente fazendo uso dessa herança. Agora Cristo oferece outra herança, o
perdão completo de seus pecados e a paz que excede todo entendimento. "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou
como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize".
Sim, o mundo também oferece uma paz, mas ela é como
as poucas peças de roupa que os soldados tiraram de Jesus e logo estariam
podres. A paz que o mundo oferece é uma satisfação efêmera na compra de uma
roupa, do primeiro carro ou na conquista de um novo amor. Quantas vezes você
quis desesperadamente algo, conseguiu, e depois perdeu o interesse?
segunda-feira, 4 de março de 2013
A Morada de Deus
Leitura: João 14:22-26
Um dos discípulos, Judas (não o traidor), não entende como é que Jesus iria se manifestar a eles e não ao mundo. Provavelmente Judas esteja pensando na manifestação gloriosa do Messias, o Cristo, vindo para reinar. Ele não percebe que Jesus está falando de uma manifestação que não é pública, mas de intimidade para com aqueles que são seus.
Jesus responde: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará... Quem não me ama, não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou". Simples assim. Se você duvida da Palavra de Deus, não ama a Jesus.
Então Jesus promete que cada discípulo seria uma habitação de Deus em Espírito: "E viremos para ele, e faremos nele morada". Por que ele fala no plural? Porque ao crer em Cristo, tanto o Pai como o Filho fazem do crente a sua morada através do Espírito Santo. O Espírito Santo vem habitar em você, mas é Deus na sua totalidade, ou toda a Trindade, que está envolvida nessa operação.
Aqueles discípulos só iriam receber este privilégio alguns dias depois, quando fosse formada a igreja no dia de Pentecostes e o Espírito Santo descesse sobre eles. Ele viria habitar na igreja coletivamente, e em cada crente individualmente. É por isso que qualquer recém-convertido nos dias de hoje conhece melhor o Salvador do que os discípulos de Jesus conheciam quando andavam com ele aqui, antes do dia de Pentecostes.
No período dos evangelhos, os discípulos não tinham o Espírito Santo habitando neles. Eles eram como qualquer crente do Antigo Testamento. O Espírito de Deus estava com eles, mas não neles. Em 1 Coríntios, capítulo 2, Paulo explica assim: "Qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus".
Vou dar um exemplo: o seu espírito humano é a sua parte mais íntima, que conhece você perfeitamente. Se eu quisesse conhecer realmente como você é, o que pensa, do que gosta, eu precisaria transplantar o seu espírito em mim. Aí eu entenderia você. É o que Deus faz, quando o Espírito dele vem habitar em você ao crer em Jesus. Você passa a entender realmente como Deus é, o que pensa, do que gosta...
Percebeu agora por que quando você fala do evangelho a um incrédulo isso para ele soa como loucura? Sem a nova vida que vem de Deus e o recebimento do Espírito Santo, é impossível alguém compreender as coisas de Deus. E Jesus continua mostrando aos apóstolos como eles seriam capazes de escrever os evangelhos tantos anos depois, ao dizer: "O Espírito Santo... vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito".
Um dos discípulos, Judas (não o traidor), não entende como é que Jesus iria se manifestar a eles e não ao mundo. Provavelmente Judas esteja pensando na manifestação gloriosa do Messias, o Cristo, vindo para reinar. Ele não percebe que Jesus está falando de uma manifestação que não é pública, mas de intimidade para com aqueles que são seus.
Jesus responde: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará... Quem não me ama, não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou". Simples assim. Se você duvida da Palavra de Deus, não ama a Jesus.
Então Jesus promete que cada discípulo seria uma habitação de Deus em Espírito: "E viremos para ele, e faremos nele morada". Por que ele fala no plural? Porque ao crer em Cristo, tanto o Pai como o Filho fazem do crente a sua morada através do Espírito Santo. O Espírito Santo vem habitar em você, mas é Deus na sua totalidade, ou toda a Trindade, que está envolvida nessa operação.
Aqueles discípulos só iriam receber este privilégio alguns dias depois, quando fosse formada a igreja no dia de Pentecostes e o Espírito Santo descesse sobre eles. Ele viria habitar na igreja coletivamente, e em cada crente individualmente. É por isso que qualquer recém-convertido nos dias de hoje conhece melhor o Salvador do que os discípulos de Jesus conheciam quando andavam com ele aqui, antes do dia de Pentecostes.
No período dos evangelhos, os discípulos não tinham o Espírito Santo habitando neles. Eles eram como qualquer crente do Antigo Testamento. O Espírito de Deus estava com eles, mas não neles. Em 1 Coríntios, capítulo 2, Paulo explica assim: "Qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus".
Vou dar um exemplo: o seu espírito humano é a sua parte mais íntima, que conhece você perfeitamente. Se eu quisesse conhecer realmente como você é, o que pensa, do que gosta, eu precisaria transplantar o seu espírito em mim. Aí eu entenderia você. É o que Deus faz, quando o Espírito dele vem habitar em você ao crer em Jesus. Você passa a entender realmente como Deus é, o que pensa, do que gosta...
Percebeu agora por que quando você fala do evangelho a um incrédulo isso para ele soa como loucura? Sem a nova vida que vem de Deus e o recebimento do Espírito Santo, é impossível alguém compreender as coisas de Deus. E Jesus continua mostrando aos apóstolos como eles seriam capazes de escrever os evangelhos tantos anos depois, ao dizer: "O Espírito Santo... vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito".
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