Após curar o leproso, Jesus testa sua
obediência. “Jesus o despediu, com uma severa advertência: ‘Olhe, não
conte isso a ninguém. Mas vá mostrar-se ao sacerdote e ofereça pela sua purificação
os sacrifícios que Moisés ordenou, para que sirva de testemunho’”. O homem
deveria se apresentar ao sacerdote e oferecer os sacrifícios que a Lei mosaica
determinava aos que eram curados de lepra. Esta é ordem das coisas também em
nossa salvação. Jesus deve ser antes Salvador, depois Senhor. Primeiro você é
salvo “pela graça, por meio da fé”, e isso não vem de você, “é
dom de Deus, não por obras para que ninguém se glorie”. Depois Deus tem um
propósito, que é “fazermos boas obras, as quais Deus preparou de
antemão para que nós as praticássemos.” (Mc 1:43-44).
O homem, já curado, decidiu fazer sua
própria vontade ao invés de se sujeitar à ordem de Jesus. “Saiu e
começou a tornar público o fato, espalhando a notícia. Por isso Jesus não podia
mais entrar publicamente em nenhuma cidade, mas ficava fora, em lugares
solitários. Todavia, assim mesmo vinha a ele gente de todas as partes.” (Mc
1:45).
Ao contrário dos pregadores de milagres
da TV, Jesus nunca buscou fama. Ele veio no caráter de um servo humilde e sabia
que as pessoas iriam querer transformá-lo em celebridade, não por ele ser quem
era — o Filho de Deus vindo em carne — mas pelos benefícios que poderiam obter
dele. Alguns anos mais tarde, “enquanto estava em Jerusalém, na festa
da Páscoa, muitos viram os sinais miraculosos que ele estava realizando e
creram em seu nome. Mas Jesus não se confiava a eles, pois conhecia a todos.
Não precisava que ninguém lhe desse testemunho a respeito do homem, pois ele
bem sabia o que havia no homem.” (Jo 2:23-25).
Se a missão de
Jesus fosse apenas curar, não teríamos mais hospitais. Todavia as curas e
sinais eram apenas para mostrar suas credenciais de que era o Messias, o Jeová
autor da Lei do Antigo Testamento que tinha vindo em graça e verdade para
salvar, antes de voltar no final como o justo e implacável Juiz para condenar
os perdidos. Antes de ser o Libertador que todo judeu aguardava, ele teria de
ser sacrificado, “como um cordeiro... levado para o matadouro, e como
uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada”, ser “transpassado
por causa das nossas transgressões... esmagado por causa de nossas iniquidades” (Is
53:5-7). Só assim resolveria a questão do pecado, a pior enfermidade do ser
humano. E você, busca a Jesus por estar doente ou por ser pecador?