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Raciocínio, ação, realidade, e resultado - 5 partes Jo
12:3-8
Maria e Judas possuem
raciocínios opostos. Maria vê o salário de um ano de trabalho como menos
valioso que Cristo. Por isso não se importa em gastar aquele valor com o seu
amado Salvador. Já Judas vê aquela riqueza como mais valiosa que Cristo. Por
isso vê o que Maria fez como um desperdício insuportável. Mas Cristo disse que
Maria tinha razão e não Judas. Essa história nos mostra o valor de um
raciocínio correto. Quem pensa certo faz o bem a si mesmo como fez Maria. Mas
quem pensa errado destrói sua alma, como fez Judas. Entendemos melhor esta
verdade nos seguintes pontos:
1 – Raciocínios e
resultados.
O raciocínio correto é
aquele que condiz com a realidade espiritual. Quem assim pensa age de acordo
com a mesma realidade, e assim produz grande bem a sua alma, pois não terá
decepção futura no Juízo, mas a confirmação da própria realidade que está em Cristo.
Já o raciocínio falso
obviamente nega a realidade espiritual e destrói seu portador, pois o leva a
terrível decepção no Juízo, visto que negou a realidade em Cristo. Um dia o
iludido se chocará com a realidade que passou a vida toda negando em seus pensamentos.
Por isso Deus diz: “Como,
vendo isto, te perdoaria? Teus filhos me deixam a mim e juram pelos que não são
deuses; depois de eu os ter fartado, adulteraram e em casa de meretrizes se
ajuntaram em bandos; como garanhões bem fartos, correm de um lado para outro,
cada um rinchando à mulher do seu companheiro. Deixaria eu de castigar estas
coisas, diz o SENHOR, ou não me vingaria de nação como esta?” Jr 5:7-9.
Assim temos que um
homem age conforme seu raciocínio, e seu raciocínio é válido apenas se
corresponde a realidade. Neste caso ele acha bom resultado. Assim fez Maria.
Mas se raciocina contra a realidade, seu pensamento é falso e o leva a ações
que o conduzem contra a realidade que um dia o decepcionará. Assim fez Judas.
Então perceba a relação óbvia e importantíssima entre o raciocínio, a ação, a
realidade, e o resultado. Porque muitos têm se esquecido disso é que chegam a
morrer em seus pecados e perdem-se para sempre. É em pensar nisso e considerar
seriamente a realidade que encontraremos a Vida Eterna em Cristo.
2 – Como a realidade
nos é revelada?
Pela Revelação em
Cristo. Cristo é a Verdade (Jo 14:6). No entanto os homens odeiam a Verdade e
amam a mentira. Por isso disse Jesus: “porque eu digo a verdade, não me
credes” Jo 8:45. Assim, mesmo quando Cristo é revelado dizem alguns que
ele é “João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos
profetas” Mt 16: 14. Mas aquele a quem o Pai revela a Realidade diz com
Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” Mt 16: 16. Deste,
como de Pedro, Cristo fala: “Bem-aventurado és... porque não foi carne e
sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” Mt 16:17.
Assim a realidade espiritual só é conhecida pelos que o Pai revela a Verdade
que é Cristo. Quanto aos demais, como Judas prosseguem negando a Verdade que
ouvem porque amam mais o dinheiro e não estão dispostos a deixar seu amor
pecaminoso. Deliberadamente negam a realidade por casa do pecado que tanto
querem. Desta forma Cristo disse “que a luz veio ao mundo, e os homens
amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo
aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não
serem argüidas as suas obras.” Jo 3:19,20. Qual o nosso caso?
3
– A Realidade nos tem sido revelada? Temos recebido pela fé esta Revelação?
Temos agido de acordo com ela?
Judas
é um alerta para nós de que alguém pode estar tão perto de Cristo, tão perto da
Palavra, tão perto da realidade e ainda assim perder a alma. Judas desprezou a
Revelação da realidade em Cristo e agiu contra tal realidade. O Resultado foi
sua morte. Judas se matou. Já Maria recebeu a Palavra, conheceu a realidade,
agiu de acordo com ela, e achou o Bem Maior. Diante disso perguntemos: A
Realidade nos tem sido revelada? Temos recebido a Revelação da realidade pela
fé? Temos agido de acordo com ela? A resposta está em observarmos se agimos
como Maria ou como Judas. O que amamos? Amamos os denários ou a Cristo? O que
mais amamos? Amamos mais nossos estudos ou Cristo? Nosso projetos ou Cristo?
Nosso salário ou Cristo? Nossa família ou Cristo? Estamos dispostos a
entregar tudo por Cristo, mesmo que seja o salário de um ano de trabalho, ou
como Judas pensamos que isso é um prejuízo? Temos recebido a sua Palavra ou
rejeitado porque amamos as outras coisas? Vivemos para Cristo ou para os
denários? Vivemos para sua glória? Pense: Ele é o centro das suas ações? Você
quer honrá-lo em tudo ou acha isso um desperdício? Você tem prazer no Dia do
Senhor ou para você é custoso cultuar com os irmãos, tendo desejo de estar em
outro lugar? Como você vê a Bíblia, O Livro de Deus? Você zela por ela, medita
nela, procura dirigir sua vida por ela, porque afina é a Palavra de Cristo, ou
quase não lê e nem pensa nela e vive como os mundanos? Afinal você pensa e age
como Maria ou como Judas?
4
– A Graça e a responsabilidade.
Mas
se só entendem a realidade em Cristo aqueles que o Pai concede a Revelação
podemos dizer que o conhecimento da Verdade é obra de pura graça divina. Mas
isso de forma alguma retira a responsabilidade humana. Nas Escrituras tanto a
Soberana Graça como a responsabilidade humana coexistem. Enfatiza-se a grave
falha de Judas em não perceber o valor do ato de Maria, isso devido a sua não
recepção da Revelação dada em Cristo. Isso nos mostra a responsabilidade de
Judas, ainda que não tenha recebido a Graça. Por outro lado Cristo aprova a
ação de Maria, ainda que esta tenha sido um fruto da Graça. Assim temos que a
Soberania de Deus e a responsabilidade humana não se anulam, mas coexistem.
Dessa
forma podemos dizer que pesa sobre nós a responsabilidade de aproveitarmos as
oportunidades que Deus nos tem dado de conhecermos a realidade espiritual em
Cristo. Quando o Senhor andava pela terra as pessoas ficavam na
responsabilidade de receberem sua Revelação por suas palavras e sinais. Mas
hoje, mesmo que não ande entre nós fisicamente, temos a mesma Revelação nas
páginas das Escrituras. Assim é nosso dever buscarmos nas Escrituras tal
Revelação. Por isso se diz que: “Bem-aventurado o homem que não anda no
conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na
roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua
lei medita de dia e de noite.” Sl 1:1,2. E Deus ordenou a Josué: “Não
cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que
tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás
prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido.” Js 1:8. A meditação nas
Escrituras faz que nossas mentes sejam amoldadas de acordo com a realidade
revelada em Cristo. E assim poderemos agir de acordo com esta realidade tendo
então bons resultados para nossa alma.
5
– O amor e a realidade.
Observemos
que Judas usa o argumento de que se deveria ajudar os pobres. No entanto sua
intenção era roubar. Suas palavras eram bonitas, mas escondiam um coração
egoísta que não pensava nos pobres de forma alguma. Mas Cristo aprova a ação de
Maria, mostrando que ela o amou e por isso o preparou para a morte. Maria viu a
urgência do caso de Cristo. Os pobres sempre estariam por perto, mas Cristo
estava para partir. Dessa forma Cristo é mais importante até que os pobres. O
fato é que a Escritura mostra que se não amamos a Cristo não amamos a Deus, e
consequentemente não amamos nossos próximos que são a imagem e semelhança de
Deus. Por isso os Dez Mandamentos se dividem em quatro e seis. Quatro com
relação a Deus, isto é, amar a Deus; e seis em relação a s próximos, isto é,
amar aos próximos (Ex 20: 1-12; Mc 12:28-34). À medida que amamos a Deus amamos
também nosso próximo porque são feitos a sua imagem e semelhança. No entanto só
ama a Deus quem foi amado por Ele. Assim foi com Maria. Ela tinha consciência
do amor e Cristo por si e seus irmãos (Jo 11:1-5). Ela viu este amor de Cristo
na prática quando o Senhor ressuscitou a seu irmão Lázaro. Assim ela passou a
amar a Cristo e por isso agiu daquela forma derramando sobre o Senhor aquele
perfume caríssimo. Mas Judas não. Ele não amava a Cristo. O que ele amava eram
os denários que ele viu se “perderem”. Eis aí que o amor a Deus corrige tudo
porque faz você vê a realidade. E qual é a realidade? Resposta: Deus é Deus e o
próximo é feito a imagem Dele. Se assim eu vejo, então raciocino conforme
esta realidade, consequentemente ajo de acordo, e o resultado é a glória de
Deus e o bem supremo de minha alma que é estar em comunhão íntima como meu
Senhor. Que com todos os meus
leitores assim aconteça! Amém!
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