Muitas
são as pessoa que não entende a palavra e semeia um evangelho totalmente
equivocado entrando em contesto em testo que nada tem haver com o evangelho de
Jesus, como você já viu, a parábola da viúva que roga ao injusto juiz está no
contexto do judaísmo e para o remanescente de judeus fiéis que habitarão na
terra após o arrebatamento da Igreja. É um erro pensar que a viúva aqui
represente a Igreja, pois esta não é viúva, e sim “noiva, a esposa do
Cordeiro” (Ap 21:9), uma “virgem pura” (2 Co 11:2)
pela qual Cristo “entregou-se a si mesmo por ela para santificá-la,
tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, e apresentá-la a si
mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa
e inculpável.” (Ef 5:25-27). Mas de Jerusalém o profeta diz: “Como
se parece com uma viúva, a que antes era grandiosa entre as nações.” (Lm
1:1).
Outro
detalhe é que a viúva da parábola não roga pelo pão diário ou por outra
necessidade, mas por vingança. Ela diz: “Faze-me justiça contra o meu
adversário” (Lc 18:3). Esse tipo de oração fazia sentido para Israel,
que tinha inimigos de carne e ossos contra os quais lutar, mas não para a
Igreja, cuja “luta não é contra pessoas, mas contra... as forças
espirituais do mal nas regiões celestiais.” (Ef 6:12). Este detalhe
passa despercebido para a maioria dos cristãos, que acreditam que as promessas
feitas a Israel se apliquem à Igreja. Por isso você encontra tantos hinos
evangélicos falando de maldição, vingança e vitória sobre os adversários.
Alguém
poderia alegar que tudo isso é encontrado nos Salmos, mas este é o ponto: os
Salmos não são hinos cristãos. Se você discorda, tente cantar algo com estes
versos tirados dos Salmos: “Certamente Deus esmagará a cabeça dos
[meus] inimigos, o crânio cabeludo dos que persistem em seus pecados... para
que [eu] encharque os pés no sangue dos inimigos, sangue do qual a língua dos
cães terá a sua porção... Puseste os meus inimigos em fuga e exterminei os que
me odiavam... Fiquem órfãos os seus filhos e a sua esposa, viúva. Vivam os seus
filhos vagando como mendigos... Feliz aquele que pegar os seus filhos e os
despedaçar contra a rocha!” (Sl 68:21-23; 18:40; 109:9-10; 137:9).
Todavia,
na doutrina dos apóstolos aprendemos a interceder pelos que nos fazem
mal: “Abençoem aqueles que os perseguem; abençoem, e não os
amaldiçoem... Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede,
dê-lhe de beber... Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem.” (Rm
12:14, 20-21). Deu para perceber que cristianismo não é uma fé motivacional de
prosperidade,vingança e vitória?
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