terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Dá morte para a vida eterna

Leitura: João 5:25

Se Jesus diz que aquele que ouve a Palavra de Deus e crê, tem a vida eterna, não entrará em julgamento, mas passou da morte para a vida, isso significa que essa pessoa deve estar morta. E está, caso contrário não faria sentido passar da morte para a vida. Ele fala da morte espiritual.

No versículo 25 ele diz que "vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que ouvirem viverão". Portanto esse tempo é agora, e aqui ele fala da condição espiritual de todo ser humano: morto em seus delitos e pecados, como Paulo explica muito bem no capítulo 2 da carta aos Efésios.

Quando Deus ordenou a Adão que não comesse do fruto de uma determinada árvore no Jardim do Éden, a questão não estava no fruto ou na árvore, mas em quem tinha dado a ordem. A desobediência levaria à morte, que é a separação da vida e de sua fonte, que é Deus. Como Adão e Eva comeram do fruto, a morte entrou na Criação. Eles e todos os seus descendentes morreram.

Num primeiro sentido essa morte foi a separação de Deus, e ocorreu imediatamente após eles desobedecerem. Depois viria a morte física, outra separação, desta vez do corpo com sua consequente degradação por lhe faltar vida. Todos os seres humanos nascem separados de Deus, em quem está a vida, e também sujeitos à morte física.

Você já parou para pensar que, para Adão, não fazia qualquer sentido dizer que ele morreria se comesse do fruto? A morte era desconhecida no Jardim do Éden e Adão nunca tinha visto uma criatura morta. Portanto, Deus não esperava que Adão obedecesse por medo da possibilidade de morrer. Deus esperava que Adão obedecesse por Deus ser quem ele é.

Do mesmo modo, não é pelo pavor do inferno que você deve crer em Jesus. Também não é pela perspectiva de ser abençoado e morar no céu que você deve crer nele. Ambos os motivos são egocêntricos. Se você crê para escapar da dor do inferno ou para obter o prazer do céu, está pensando em si mesmo e perdendo de vista que deve crer em Jesus por causa de quem ele é: Deus. 

Escapar do inferno e ganhar o céu são consequências da conversão, mas não devem ser o motivo dela. Seu motivo, ou o que move você nessa direção, deve ser o próprio Jesus. Se o seu motivo for evitar o sofrimento do inferno e conquistar as bênçãos do céu, Jesus acabará sendo apenas o seu meio, mas não o seu objetivo e fim. No fundo, você não estrá interessado em Jesus, mas em fugir do inferno e em receber vida eterna. 

O problema é que não há vida fora de Jesus, 

domingo, 29 de janeiro de 2017

Incontáveis anjos e demônios

Leitura: Marcos 5:9-13

Jesus pergunta ao endemoninhado o seu nome, e ele responde: “Legião, pois somos muitos”. Então ordenou que saíssem daquele corpo, mas os demônios suplicaram “que não os mandasse sair daquela região”“Uma grande manada de porcos estava pastando numa colina próxima. Os demônios imploraram a Jesus ‘Manda-nos para os porcos, para que entremos neles’. Ele lhes deu permissão, e os espíritos imundos saíram e entraram nos porcos. A manada de cerca de dois mil porcos atirou-se precipício abaixo, em direção ao mar, e nele se afogou”. (Mc 5:9-13).

Se você anda preocupado com a superpopulação de seres humanos no planeta é porque ainda não se deu conta da superpopulação de seres espirituais. Anjos rebeldes são chamados de“poderes e autoridades... dominadores deste mundo de trevas... forças espirituais do mal nas regiões celestiais” (Ef 6:12). O número total de anjos — rebeldes ou não — é impossível de ser calculado. A Bíblia fala em “miríades” ou “incontáveis hostes de anjos” (Hb 12:22), muito mais que todos os humanos que já existiram neste mundo.

Neste momento vários anjos observam por sobre o meu ombro, curiosos em saber o que vou dizer, e saiba que mesmo quando você tranca a porta de seu quarto não está sozinho. Deus quis que,“mediante a igreja, a multiforme sabedoria de Deus se tornasse conhecida dos poderes e autoridades nas regiões celestiais”, pois são “coisas que até os anjos anseiam observar” (1 Pe 1:12). Para eles é curioso observar seres humanos arruinados pelo pecado e depois salvos e redimidos pelo sangue de Jesus, que se fez Homem para salvar apenas seres humanos. Ele não se fez anjo para morrer no lugar de anjos, pois anjos não morrem. Eles foram todos criados na presença de Deus e para os que caíram não existe perdão.

Mas o homem deste capítulo não foi possuído por anjos e muito menos por Satanás, que na Bíblia só aparece entrando em Judas: “Satanás entrou em Judas, chamado Iscariotes” (Lc 22:3). O endemoninhado está possuído de demônios, também chamados de espíritos malignos, que parecem ser uma classe de seres espirituais distinta dos anjos. Na Bíblia Satanás é o único chamado de diabo (a palavra nunca aparece no plural). Assim como os anjos caídos, os demônios ou espíritos imundos também são instrumentos do diabo. A Bíblia não nos diz qual é sua origem, se são anjos caídos ou outros seres que teriam existido antes da criação de Adão e caíram com os anjos. Para o que a Bíblia não diz, não temos o que dizer.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Jesus no velho testamento

Leitura: João 5:45-47

Jesus não acusa os fariseus, que o interrogam e querem matá-lo por ter curado um homem no sábado. E nem precisa acusá-los, já que há outro que os acusa: Moisés. Os judeus dizem seguir os escritos de Moisés, os cinco primeiros livros da Bíblia conhecidos como Torá, e são esses mesmos escritos que apontam contra eles o dedo acusador.

Jesus diz a eles: "Se vocês cressem em Moisés, creriam em mim, pois ele escreveu a meu respeito". Mas o que Moisés teria escrito a respeito de Jesus? Muita coisa. O livro de Gênesis começa falando de Jesus: "No princípio Deus criou os céus e a terra". Onde está Jesus ai? Na palavra "Deus", tradução usada para o original hebraico "Elohim".

Acontece que "Elohim" é o plural do singular "Eloha", que significa Deus ou divindade. Por que Moisés escreveu "Elohim", plural, e não "Eloha", singular? Uma tradução ao pé da letra ficaria mais ou menos assim: "No princípio as divindades criou os céus e a terra". Eu sei, é errado dizer "as divindades criou", mas é isso que o texto original diz. É como se uma pluralidade de Pessoas executassem uma única ação de criar. Você já ouviu falar em Pai, Filho e Espírito Santo? 

Moisés, inspirado por Deus, continuou falando de Jesus de diversas formas nos livros de Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Muitas coisas e personagens descritas por Moisés são também tipos ou figuras de Jesus, começando por Adão, o homem que Deus coloca sobre toda a sua Criação, e também o animal morto por Deus no Éden para confeccionar vestimentas de peles para os caídos Adão e Eva. Um inocente morria assim para cobrir a culpa dos pecadores.

Outros tipos de Cristo são os animais e oferendas que você encontra na Lei dada por intermédio de Moisés que, por sua vez, é também uma figura de Jesus como libertador. Antes dele, José, que foi vendido por seus irmãos e acabou se tornando vice-rei de todo o Egito, é um exemplo magnífico de Cristo. O tabernáculo ou tenda que os israelitas usavam para adorar a Deus em sua peregrinação no deserto é outro tipo, bem como a arca da aliança. Ok, sua lição de casa agora é ler o Antigo Testamento procurando descobrir Jesus em suas páginas.

Existem também mensagens diretas saídas da pena de Moisés anunciando a vinda de Jesus, como as que aparecem nos capítulos 15 e 18 de Deuteronômio. O ponto principal, porém, é que Jesus exige coerência da parte daqueles judeus, ao dizer: "Se vocês cressem em Moisés, creriam em mim, pois ele escreveu a meu respeito. Visto, porém, que não creem no que ele escreveu, como crerão no que eu digo?".

A mesma pergunta pode ser feita aos que se dizem cristãos e não creem nos escritos de Moisés. Se você acredita na teoria da evolução e não na criação que Moisés descreveu, como pode crer no que Jesus diz? Se você não crê no que Moisés escreveu sobre adorar imagens, como pode crer em Jesus? Se você não aceita o que Moisés disse sobre não invocar os espíritos dos mortos, como diz que crê nas palavras de Jesus?

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Quando brilha a luz

Leitura: Marcos 4:24-25

Ao dizer “se alguém tem ouvidos para ouvir, que ouça”, Jesus chama a atenção para dois aspectos do ouvir: o que ouvimos e como ouvimos. Se não julgarmos o que chega aos nossos ouvidos pela régua da Palavra de Deus acabaremos contaminados e produzindo frutos de tradição religiosa, legalismo e opressão. O mundo religioso está cheio de pessoas que deturpam o ensino das Escrituras para satisfazer seus próprios interesses. Quando os homens afirmarem algo, pergunte onde aquilo está na Bíblia.

Muito cuidado com algum desses supostos profetas que são abundantes no meio pentecostal e falam ousadamente na primeira pessoa fingindo ser a voz de Deus. Costumam trazer uma revelação fresquinha sob medida para você, do tipo:“Meu servo! Tenho uma mensagem para ti!”, ou “Vou te dar vitória!”, ou “Tenho uma grande obra para ti!”. Você já deve ter visto alguém falar assim, às vezes até mudando o tom de voz. Não caia nessa. Você tem a Bíblia e deve saber que toda a revelação de Deus está ali. Essas“profetadas” em tom de ameaça não passam de técnicas de manipulação.

Por outro lado, o como ouvimos tem a ver com o que fazemos com o que ouvimos, ou seja, o efeito que a Palavra tem em nossa vida prática. Por isso Jesus diz:“Com a medida com que medirem, vocês serão medidos; e ainda mais lhes acrescentarão. A quem tiver, mais lhe será dado; de quem não tiver, até o que tem lhe será tirado.’” (Mc 4:23-25). É recebendo a Palavra de Deus que ficamos capacitados a frutificar, e na parábola um pouco antes Jesus já havia das consequências de se semear em bom solo. O fruto só pode vir da Palavra semeada, e se a recebo em qualquer medida, Deus a fará multiplicar. Porém, se me recusar a recebê-la, como aconteceu com a semente que caiu à beira do caminho, em solo rochoso e entre espinhos, acabarei perdendo o que parecia ter recebido.

Jesus falou da candeia, que deve ser colocada em um lugar alto para iluminar a casa. Assim é com o cristão. Quanto mais nossa luz brilhar, mais luz teremos; quanto menos luz compartilharmos, menos luz receberemos, até ao ponto que“quem não tiver, até o que tem lhe será tirado”. Deus não tira a vida eterna do crente, mas se perder a comunhão Deus tira sim “a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (2 Co 4:4). Quem olhar para ele não perceberá nada diferente de um incrédulo, pois se “o coração angustiado oprime o espírito”“a alegria do coração transparece no rosto”(Pv 15:13). É impossível imaginar uma face mais radiante do que a de quem tem a certeza de vida eterna pela fé em Cristo Jesus.

A luz desvanece

Leitura: Marcos 4:24-25 

O crente irradia uma luz que era desconhecida dos santos do Antigo Testamento. Porém muitos ainda fundamentam sua fé na Lei tentando produzir luz própria por meio de mandamentos. Mas esta logo se desvanece. Assim foi com Moisés. “O seu rosto resplandecia por ter conversado com o Senhor” e ele o cobriu com um véu, pois os que viram seu “rosto resplandecente tiveram medo de aproximar-se dele”. Então, “toda vez que entrava para estar na presença do Senhor e falar com ele... sempre que saía... eles viam que o seu rosto resplandecia. Então, de novo Moisés cobria o rosto com o véu” (Êx 34:29).

No Novo Testamento temos a explicação dos episódios do Antigo e às vezes até a intenção do coração de seus protagonistas. É o caso de Moisés e do véu sobre sua face. A princípio era para não espantar os israelitas assustados com seu fulgor, mas a real intenção é revelada por Paulo: “Não somos como Moisés, que colocava um véu sobre a face para que os israelitas não contemplassem o resplendor que se desvanecia.” (2 Co 3:13). A glória na face de Moisés era transitória por estar baseada na Lei, e não na graça. Hoje o cristão não precisa esconder a face, pois desfruta de glória permanente que é sua por graça, e não pelo cumprimento da Lei. Nesse contexto Paulo explica que Deus “nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2 Co 3:6).

A frase “a letra mata” é usada por quem diz que não devemos seguir a Bíblia ao pé da letra. Mas o sentido é que “o ministério que trouxe a morte foi gravado com letras em pedras. Esse ministério veio com tal glória que os israelitas não podiam fixar os olhos na face de Moisés por causa do resplendor do seu rosto, ainda que desvanecente. Não será o ministério do Espírito ainda muito mais glorioso? Se era glorioso o ministério que trouxe condenação, quanto mais glorioso será o ministério que produz justiça! Pois o que outrora foi glorioso, agora não tem glória, em comparação com a glória insuperável. E se o que estava se desvanecendo se manifestou com glória, quanto maior será a glória do que permanece! Portanto, visto que temos tal esperança, mostramos muita confiança. Não somos como Moisés, que colocava um véu sobre a face para que os israelitas não contemplassem o resplendor que se desvanecia... Todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito.” (2 Co  3:7-18).

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Depois que morremos

Leitura: Lucas 16:19-26

Quer saber o que acontece após a morte? Então preste atenção na história do rico e Lázaro, pois ela revela o além. Ali Deus é representado pela figura de Abraão e a sorte do rico é selada no momento em que morre. Enquanto o seu corpo é sepultado, tem início o sofrimento eterno da alma e do espírito no lugar “onde o seu verme não morre, e o fogo nunca se apaga” (Mc 9:48). De passagens como Jó 17:14 e 25:6 aprendemos que “verme” é uma metáfora usada para o ser humano em seu estado de impotência.

Algumas traduções trazem que o rico estava no “inferno”, mas a palavra original grega é “hades” e não tem a conotação de um lugar físico, mas da condição após a morte. Se aqui Lázaro aparece no seio de Abraão, mais tarde Jesus revelaria que a alma e o espírito dos salvos vão para junto dele. Foi o que prometeu ao ladrão convertido na cruz minutos antes de morrer: “Hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23:43). Em 2 Coríntios 12:2 o apóstolo Paulo identifica o Paraíso como sendo o “terceiro céu”.

Jesus revela que a condição após a morte não é de sono, pois tanto Lázaro quanto o rico estão bem despertos. Apenas os seus corpos estão no sono da morte: Lázaro aguardando “a ressurreição da vida” e o rico “a ressurreição da condenação” (Jo 5:29). O rico pode ter recebido um funeral de luxo, mas foi Lázaro quem recebeu um transporte angelical: “O mendigo morreu, e os anjos o levaram para junto de Abraão” (Lc 16:22).

Consciente de sua perdição e sofrimento, e do lugar privilegiado que Lázaro agora ocupa, o rico faz dois pedidos. O primeiro parece mostrar que ele ainda se considera um homem de posição, pois trata Lázaro como um servo ao seu dispor: “Pai Abraão, tem misericórdia de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo na água e refresque a minha língua, porque estou sofrendo muito neste fogo” (Lc 16:24). Ele não pede para ser tirado dali, mas para que Lázaro seja enviado em seu socorro. Um perdido jamais irá querer ser tirado da perdição se isto significar ter de viver para sempre junto a Deus. Ele não quis isso aqui e não irá querer isso lá.


É impossível Lázaro levar algum refrigério ao rico, conforme explica Abraão: “Entre vocês e nós há um grande abismo, de forma que os que desejam passar do nosso lado para o seu, ou do seu lado para o nosso, não conseguem” (Lc 16:26). Você já pensou no que significa isso?

foram 7 milagres seguidos

Leitura: João 13:1

Até o capítulo 12 do evangelho de João vimos Jesus enfrentando a incredulidade dos judeus. O capítulo 13 é um divisor de águas. Jesus aparece literalmente um andar acima desse cenário de incredulidade. Nós o encontramos, antes da Páscoa, jantando com seus discípulos num cenáculo, que era o andar superior de uma casa.

Até aqui Jesus efetuou sete sinais ou milagres que também servem para mostrar como ele liberta o pecador e o coloca neste andar superior de comunhão com ele. O primeiro foi ao transformar água em vinho numa festa de casamento. Se você evita Jesus por achar que ele é um estraga prazeres, por que você acha que resolveu o problema da falta de vinho? Ele quer transformar a água da Palavra de Deus no vinho da alegria em seu coração. O Salmo 104 diz que "o vinho alegra o coração do homem"

Depois vimos Jesus curando o filho de um nobre. Nobreza, riqueza e fama não são garantias de uma vida sem problemas. Visite um hospital ou cemitério e verá que neles há ricos e pobres, chefes e subordinados, famosos e anônimos. Só Jesus pode resolver aquilo que dinheiro e posição não podem: curar você de seu pecado, que é a verdadeira causa da morte e da perdição.

Em seguida nós o vimos à beira do tanque de Betesda curando um homem incapaz de se mover. Como aquele paralítico, você é incapaz de se aproximar um centímetro sequer da cura de sua alma. É Jesus quem encontra você e o liberta, como fez com o homem à beira do tanque.

No capítulo 6 ele alimentou cinco mil pessoas famintas e necessitadas. É só em Jesus que você encontra o alimento e a energia para sua vida diária. Cristo é o pão do céu. No mesmo capítulo encontramos os discípulos em meio às ondas de um mar revolto. "Não temais", diz ele. Oras, não são estas as palavras que você gostaria de ouvir quando as tempestades desta vida parecem querer acabar com você?

O cego de nascença passou a ver no capítulo 9. É impossível você enxergar o mundo espiritual a menos que seja tocado pelo poder de Cristo. Ele pode tirar a venda que o impede de enxergar a formosura de um Salvador que deu sua vida para tirar você das trevas.

Finalmente, o sétimo milagre foi o morto Lázaro sair vivo da sepultura. A Bíblia diz que estamos mortos em "ofensas e pecados". O que um morto pode fazer por si mesmo? Absolutamente nada. Então por que você tem tentado fazer algo para se salvar? Lembre-se de uma vez por todas: o que precisava ser feito Jesus já fez. Você só precisa crer nisso.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Demonios religiosos

Leitura: Marcos 5:2-5

“Quando Jesus desembarcou, um homem com um espírito imundo veio dos sepulcros ao seu encontro. Esse homem vivia nos sepulcros, e ninguém conseguia prendê-lo, nem mesmo com correntes; pois muitas vezes lhe haviam sido acorrentados pés e mãos, mas ele arrebentara as correntes e quebrara os ferros de seus pés. Ninguém era suficientemente forte para dominá-lo. Noite e dia ele andava gritando e cortando-se com pedras entre os sepulcros e nas colinas.” (Mc 5:2-5).

Que terrível imagem esta do homem em seu estado natural, “sem Cristo... sem esperança e sem Deus no mundo... morto em suas transgressões e pecados... [seguindo] a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência... satisfazendo as vontades da carne, seguindo os seus desejos e pensamentos... por natureza merecedores da ira.” (Ef 2:12, 1-3). Todavia nem eu, nem você, nos enxergamos tão maus assim, pois viemos ao mundo sem as lentes de Deus para termos uma visão clara das coisas.

Deus, porém, revela em sua Palavra o que realmente somos aos seus olhos. “Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração. Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.” (Hb 4:12-13).

O homem possesso traz as características de todo ser humano, adquiridas com a queda. Morte — “veio dos sepulcros” —, rebelião —  “ninguém conseguia prendê-lo” — e falta de domínio próprio — “lhe haviam sido acorrentados pés e mãos, mas ele arrebentara as correntes e quebrara os ferros de seus pés”. Ao escrever que “ninguém era suficientemente forte para dominá-lo” obviamente Marcos se referia a seres humanos. Mas 2 Pedro 2:19 diz que “aquele que é vencido fica escravo do vencedor”, e foi esse o resultado de Eva ter sucumbido à mentira do diabo e Adão ter se aliado a ela. “Adão não foi enganado, mas sim a mulher, que, tendo sido enganada, tornou-se transgressora.” (1 Tm 2:14).

Mas existe ainda outra característica do homem pecador e controlado pelo diabo: ele é religioso! “Quando ele viu Jesus de longe, correu e prostrou-se diante dele” (Mc 5:6).

Intriga da oposicao

Leitura: Marcos 5:1-4

Jesus e os discípulos “atravessaram o mar e foram para a região dos gerasenos. Quando Jesus desembarcou, um homem com um espírito imundo veio dos sepulcros ao seu encontro. Esse homem vivia nos sepulcros, e ninguém conseguia prendê-lo, nem mesmo com correntes; pois muitas vezes lhe haviam sido acorrentados pés e mãos, mas ele arrebentara as correntes e quebrara os ferros de seus pés. Ninguém era suficientemente forte para dominá-lo.” (Mc 5:1-4).

Sempre que Deus está para agir e trazer bênção não espere que os poderes das trevas fiquem sossegados. No capítulo anterior o inimigo usou do vento e das ondas para impedir o barco de chegar ao seu destino. Alguns anos depois Paulo escreveria aos cristãos em Corinto: “Permanecerei em Éfeso... porque se abriu para mim uma porta ampla e promissora; e há muitos adversários.” (1 Co 16:8-9). Esses adversários ele já havia mencionado no capítulo anterior:  “Todos os dias enfrento a morte, irmãos; isso digo pelo orgulho que tenho de vocês em Cristo Jesus, nosso Senhor. Se foi por meras razões humanas que lutei com feras em Éfeso, que ganhei com isso? Se os mortos não ressuscitam, ‘comamos e bebamos, porque amanhã morreremos’.” (1 Co 15:31-32).

Se essas ‘feras’ eram animais ou humanas, não sei. A lição não é que ‘tudo vale a pena quando a alma não é pequena’, mas que tudo vale a pena quando a glória da ressurreição não é pequena. Nossa travessia pela vida pode enfrentar ondas e tempestades, e termos de lidar com servos do diabo como o homem possesso deste capítulo. Homens maus podem querer nos deter por causa do ódio que destilam contra Cristo e os que lhe pertencem. Que importa? Esta vida não é a única vida que temos. Se fosse, faríamos bem em nos esquivar dos problemas que acompanham o testemunho cristão e, como diz Paulo citando a filosofia grega hedonista dos epicureus, ‘comamos e bebamos, porque amanhã morreremos’.

Se você não entende a razão de alguns viverem tão apegados às coisas desta vida, lembre-se de que para esses esta é a única vida que conhecem. Sem Cristo o destino deles é de morte, lançados nas trevas exteriores onde ficarão sós eternamente, sem qualquer companhia e sofrendo as agruras do lago de fogo do juízo eterno. Quão diferente seria se tivessem um breve vislumbre do destino que lhes espera, ou talvez da real imagem que Deus tem deles. A mesma deste homem possesso que vive nos sepulcros e que as correntes não são capazes de dominar sua rebelião e vontade própria.

Justiça é graça

Mateus 20:1-16                           ELETRICISTA EM SOROCABA E SÃO PAULO 15981311000

No final do capítulo 19 de Mateus os discípulos perguntam o que ganharão por terem deixado tudo para seguir a Jesus. Ele promete que os que abrissem mão de tudo para segui-lo receberiam cem vezes mais, além da vida eterna. Certamente Deus tem uma recompensa para a fidelidade que vem depois de crer em Jesus. Afinal, como você poderá segui-lo se não crer nele?

Porém Jesus alerta que muitos primeiros serão últimos e muitos últimos primeiros, e no capítulo 20 ele mostra o contraste entre justiça e graça usando uma parábola. Agora o reino dos céus é comparado a um empresário que contrata diaristas para sua vinícola. Com os primeiros, que começam a trabalhar, digamos, às seis da manhã, ele combina pagar uma moeda de prata, e eles concordam. Era o salário mínimo suficiente para a cesta básica.

À medida que o dia passa, ele contrata outros sem combinar o valor. Diz apenas que lhes pagará o que for justo. Portanto apenas os primeiros tinham, por assim dizer, um contrato formal determinando o valor a receber. 

No final do dia o empresário começa a pagar os últimos, os que tinham sido contratados quase no fim da jornada de trabalho, dando a estes o mesmo pagamento dos primeiros, que trabalharam o dia inteiro. Ninguém reclama, exceto os primeiros, os que tinham um contrato formal. Será que tinham razão? Não.

O empresário foi justo ao pagar a eles o que tinha sido combinado. E não foi injusto ao pagar aos outros o necessário para o seu sustento. Se recebessem menos, seus filhos passariam fome. Os primeiros foram tratados com justiça; os últimos com a graça que dá a cada um segundo o coração de Deus, e não segundo o merecimento do homem. E Deus tem um coração grande e cheio de compaixão.

Se você não entender isso vai achar injusto que um assassino, convertido minutos antes da cadeira elétrica, receba o mesmo céu de alguém que creu em Jesus quando jovem e levou uma vida de devoção a Deus. Sabe por que você acha injusto? Por se considerar melhor que o assassino. Se Deus tratar você e eu com justiça, seremos condenados, já que todos somos igualmente pecadores e transgressores da lei de Deus. Até na lei dos homens, apesar da pena variar, tanto o homicida quanto o que estacionou em local proibido são transgressores.

Para Deus poder ser justo e misericordioso Jesus aceitou receber, na cruz, o castigo pelos pecados, tanto do homicida quanto de qualquer outro que crer nele. Agora Deus pode salvar, por graça, quem crer no seu Filho Jesus.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Fariseus e saduceus


Mateus 16:5-12

Jesus chega ao outro lado do mar da Galiléia, e os discípulos estão preocupados por terem se esquecido de levar pão. Jesus diz para tomarem cuidado com o fermento dos fariseus e saduceus, e eles pensam que está falando de pão.

Ele repreende a falta de fé dos discípulos, recordando as duas vezes em que multiplicou os pães. Eles tinham visto cinco pães alimentarem cinco mil homens, e sete pães alimentarem quatro mil, fora as mulheres e crianças. Na aritmética de Deus, menos alimenta mais. Mas o assunto aqui não é o fermento do pão, mas o ensino dos fariseus e saduceus.

Os fariseus eram extremamente religiosos e legalistas. O capítulo 12 do evangelho de Lucas diz que o fermento dos fariseus é a hipocrisia. Pessoas que coam mosquitos costumam engolir camelos e tentar parecer que estão de jejum. Os fariseus eram sepulcros caiados, bonitos por fora mas podres por dentro.

Os saduceus eram racionais. Negavam a existência de anjos e espíritos, a imortalidade da alma e a ressurreição do corpo, além do castigo eterno. Eram os céticos da época e hoje seriam muito bem vindos nas universidades e até em alguns cursos de teologia. Todavia ambos eram religiosos e pregavam a obediência aos mandamentos de Deus. Onde está o problema então?

Nos evangelhos você vai sempre encontrar exemplos de duas pessoas, coisas ou situações antagônicas representando salvos e perdidos. Nos exemplos e parábolas de Jesus não é o bom que vai para o céu e o mau para o inferno do ponto de vista moral. É o contrário.

Você encontra o fariseu e o publicado, o primeiro religioso e o segundo corrupto, no entanto é o segundo que é justificado. Tem o filho pródigo e rebelde que é justificado, e seu irmão que nunca saiu de casa que não é. Há pouco vimos a incredulidade dos religiosos judeus, herdeiros das promessas de Deus, e fé da mulher descendente dos cananitas, que aceita ser comparada aos cães e é abençoada por Jesus.

Dá para perceber um padrão? Jesus veio salvar pecadores, não pessoas boas. Fariseus e saduceus acreditavam que podemos merecer alguma coisa de Deus se agirmos corretamente. No livro de Romanos o apóstolo Paulo fala que Deus justifica o ímpio, não o bom. Quando você tenta fazer algo para merecer a salvação, faz de Deus seu devedor, como se dissesse: "Ok, eu fiz minha parte, agora o Senhor faça a sua". Você não ousaria pensar assim se conhecesse o que realmente somos aos olhos de Deus e quem é Jesus.