terça-feira, 24 de janeiro de 2017

A luz desvanece

Leitura: Marcos 4:24-25 

O crente irradia uma luz que era desconhecida dos santos do Antigo Testamento. Porém muitos ainda fundamentam sua fé na Lei tentando produzir luz própria por meio de mandamentos. Mas esta logo se desvanece. Assim foi com Moisés. “O seu rosto resplandecia por ter conversado com o Senhor” e ele o cobriu com um véu, pois os que viram seu “rosto resplandecente tiveram medo de aproximar-se dele”. Então, “toda vez que entrava para estar na presença do Senhor e falar com ele... sempre que saía... eles viam que o seu rosto resplandecia. Então, de novo Moisés cobria o rosto com o véu” (Êx 34:29).

No Novo Testamento temos a explicação dos episódios do Antigo e às vezes até a intenção do coração de seus protagonistas. É o caso de Moisés e do véu sobre sua face. A princípio era para não espantar os israelitas assustados com seu fulgor, mas a real intenção é revelada por Paulo: “Não somos como Moisés, que colocava um véu sobre a face para que os israelitas não contemplassem o resplendor que se desvanecia.” (2 Co 3:13). A glória na face de Moisés era transitória por estar baseada na Lei, e não na graça. Hoje o cristão não precisa esconder a face, pois desfruta de glória permanente que é sua por graça, e não pelo cumprimento da Lei. Nesse contexto Paulo explica que Deus “nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2 Co 3:6).

A frase “a letra mata” é usada por quem diz que não devemos seguir a Bíblia ao pé da letra. Mas o sentido é que “o ministério que trouxe a morte foi gravado com letras em pedras. Esse ministério veio com tal glória que os israelitas não podiam fixar os olhos na face de Moisés por causa do resplendor do seu rosto, ainda que desvanecente. Não será o ministério do Espírito ainda muito mais glorioso? Se era glorioso o ministério que trouxe condenação, quanto mais glorioso será o ministério que produz justiça! Pois o que outrora foi glorioso, agora não tem glória, em comparação com a glória insuperável. E se o que estava se desvanecendo se manifestou com glória, quanto maior será a glória do que permanece! Portanto, visto que temos tal esperança, mostramos muita confiança. Não somos como Moisés, que colocava um véu sobre a face para que os israelitas não contemplassem o resplendor que se desvanecia... Todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito.” (2 Co  3:7-18).

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