terça-feira, 26 de maio de 2015

imposto dever do Cristão


Todo mundo tem que pagar impostos e nem adianta tentar se recusar, porque até no pãozinho estão embutidos os impostos. Tem imposto de todo tamanho, são tantas siglas (ICMS, ISS, IR) que daqui a pouco vão lançar um manualzinho só para a gente saber o nome do imposto que está pagando. Além dos impostos tem as taxas e contribuições, ou seja, muda o nome, mas a essência é a mesma. O difícil mesmo é pagar sem ver o resultado útil de tanto dinheiro, foi por isso que aconteceu a Inconfidência Mineira, mas isso é outra história.

No tempo de Jesus os impostos eram altos e, em sua grande maioria, eram devidos a Roma, que dominava a Judéia com mão de ferro, porém um imposto em especial não ia para os cofres romanos, era o imposto das duas dracmas. Este imposto era devido por todos os judeus do sexo masculino, acima de 20 anos, que tinham de pagar o imposto anual para manutenção do templo, cujo valor era de duas dracmas, o que equivalia ao salário de uns dois dias de trabalho.
Jesus e Seus discípulos tinham estado fora da Galiléia percorrendo cidades e aldeias, mas quando chegaram os coletores do imposto foram cobrar Jesus através de Pedro: “O vosso mestre não paga as dracmas?” (Mateus 17:24b). Eles não tiveram coragem de cobrar diretamente o Filho de Deus e Pedro acabou sendo abordado pelos coletores.
Tem muita gente boa que tem mais audácia do que os coletores de impostos do templo, porque eles cobram Jesus de cara, acham que são merecedores dos favores divinos, mas na hora de mostrar produção é uma lástima, não fazem nada pelo Deus que dizem amar.Quê isso, pessoal, Deus não deve nada a ninguém, quer ver?
Pois bem. Pedro agia sempre por impulso, era o temperamento dele  e desta vez não foi diferente, ele respondeu prontamente que sim, Jesus pagaria o imposto e depois saiu correndo para procurar o Mestre, ele mesmo não tinha um centavo e já tinha empenhado sua palavra.
Quando Pedro entrou correndo na casa onde Jesus estava e antes que ele abrisse a boca, Jesus usou uma parábola para explicar qual era a situação e disse: “Que te parece, Simão? De quem cobram os reis da terra os tributos, ou o censo? Dos seus filhos, ou dos alheios?” (Mateus 17:25b). Pedro respondeu o lógico: “Dos alheios”. E Jesus completou:“Logo, estão livres os filhos. Mas, para que os não escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir, e abrindo-lhe a boca, encontrarás um estáter; toma-o, e dá-o por mim e por ti.” (Mateus 17:26b-27). Deus não fica devendo ninguém.
Vocês entenderam o que Jesus disse a Pedro. Não?. É assim, a parábola, a estorinha que Jesus contou para Pedro se referia a uma lógica geral. Se as famílias dos reis da terra não pagam impostos, porque na prática todo o reino é do rei parente deles, então o imposto para a manutenção do templo não era devido por Jesus, porque Ele é Deus e o Senhor, o Dono do templo, portanto não tinha o dever de pagar as duas dracmas.
Pois é, embora Jesus fosse isento de pagar o imposto, porque não tinha o dever de pagar pela manutenção de Sua própria Casa, Ele mandou Pedro pescar e o primeiro peixe que subisse, Pedro deveria abrir sua boca e lá haveria um estáter, que correspondia ao valor do imposto de Jesus e de Pedro.  Jesus pagou, para evitar escândalo, até porque os judeus não reconheceram Jesus como o seu Messias e não entenderiam a lógica do Mestre, então Ele preferiu pagar para não dar a impressão de que Ele e Seus discípulos desprezavam o templo e a lei mosaica.
Jesus não se deixou cobrar, porque Deus não deve nada a ninguém. Isso nos deixa claro que a dívida vem mesmo do inferno. A dívida destroi a vida de qualquer cidadão, não tem bom. A dificuldade financeira mina nossa autoestima, tranforma os dias em pesadelo e afeta até nosso equilíbrio mental. De todas as provações desta vida, a dívida é a pior, porque ela humilha o homem e alimenta a autopiedade, o que é péssimo para um servo de Deus, quem tem pena de si próprio ainda não está pronto para subir a montanha.

A montanha da vitória é alcançada pelo nosso esforço, pela nossa luta (não resta dúvida), mas, acima de tudo, pela força que vem do nosso Deus, sem Ele seriamos como gordinho subindo duna de areia, dois passo para frente e três para trás. Não dá para vencer sem Jesus, aliás não dá para viver sem Ele.

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