domingo, 27 de novembro de 2016

Intriga da oposicao

Pintor

Leitura: Marcos 5:1-4


Jesus e os discípulos “atravessaram o mar e foram para a região dos gerasenos. Quando Jesus desembarcou, um homem com um espírito imundo veio dos sepulcros ao seu encontro. Esse homem vivia nos sepulcros, e ninguém conseguia prendê-lo, nem mesmo com correntes; pois muitas vezes lhe haviam sido acorrentados pés e mãos, mas ele arrebentara as correntes e quebrara os ferros de seus pés. Ninguém era suficientemente forte para dominá-lo.” (Mc 5:1-4).

Sempre que Deus está para agir e trazer bênção não espere que os poderes das trevas fiquem sossegados. No capítulo anterior o inimigo usou do vento e das ondas para impedir o barco de chegar ao seu destino. Alguns anos depois Paulo escreveria aos cristãos em Corinto: “Permanecerei em Éfeso... porque se abriu para mim uma porta ampla e promissora; e há muitos adversários.” (1 Co 16:8-9). Esses adversários ele já havia mencionado no capítulo anterior:  “Todos os dias enfrento a morte, irmãos; isso digo pelo orgulho que tenho de vocês em Cristo Jesus, nosso Senhor. Se foi por meras razões humanas que lutei com feras em Éfeso, que ganhei com isso? Se os mortos não ressuscitam, ‘comamos e bebamos, porque amanhã morreremos’.” (1 Co 15:31-32).

Se essas ‘feras’ eram animais ou humanas, não sei. A lição não é que ‘tudo vale a pena quando a alma não é pequena’, mas que tudo vale a pena quando a glória da ressurreição não é pequena. Nossa travessia pela vida pode enfrentar ondas e tempestades, e termos de lidar com servos do diabo como o homem possesso deste capítulo. Homens maus podem querer nos deter por causa do ódio que destilam contra Cristo e os que lhe pertencem. Que importa? Esta vida não é a única vida que temos. Se fosse, faríamos bem em nos esquivar dos problemas que acompanham o testemunho cristão e, como diz Paulo citando a filosofia grega hedonista dos epicureus, ‘comamos e bebamos, porque amanhã morreremos’.

Se você não entende a razão de alguns viverem tão apegados às coisas desta vida, lembre-se de que para esses esta é a única vida que conhecem. Sem Cristo o destino deles é de morte, lançados nas trevas exteriores onde ficarão sós eternamente, sem qualquer companhia e sofrendo as agruras do lago de fogo do juízo eterno. Quão diferente seria se tivessem um breve vislumbre do destino que lhes espera, ou talvez da real imagem que Deus tem deles. A mesma deste homem possesso que vive nos sepulcros e que as correntes não são capazes de dominar sua rebelião e vontade própria.

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